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Resumo O presente artigo tem como objetivo a partilha de uma experiência profissionalizante em Psicologia na qual, por meio do programa de estágio, foi desenvolvido um trabalho de intervenção clínica, durante os anos de 2016 a 2017, voltado a mães - além de familiares e amigos - que perderam seus filhos, vítimas de execuções policiais em favelas da cidade do Rio de Janeiro. No presente trabalho, é feito um recorte dessa experiência, apresentando um caso clínico no qual as práticas de cuidado são convergidas a uma das mães participantes que, após a recente execução de seu filho, vive grande sofrimento passando por tentativas de suicídio. A partir de uma prática transdisciplinar da clínica, voltada à contração do coletivo por meio do dispositivo-grupo e orientada pelo método do pesquisarCOM, são tecidas conexões entre a cultura racista brasileira e as suas reproduções, tais como a atual guerra às drogas, sendo contextos indissociáveis do caso clínico. |