OR-16 - ANÁLISE DOS CASOS DE DENGUE EM GESTANTES OCORRIDOS NA AMAZÔNIA OCIDENTAL NO ANO DE 2023 SEGUNDO VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS E DESFECHOS: UM ESTUDO TRANSVERSAL

Autor: Adelson Moreira Neto, Aélia Magalhães Santana, Amilton Santos Nascimento, Dorian Menezes Ribeiro, Emillaine Alves Noronha, Luanna Pilla Pimentel, Luiz Borges Chagas, Luiza Calheiros Menezes, Soraya Amed Martins, Thiago Almeida Matos
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2024
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Infectious Diseases, Vol 28, Iss , Pp 103893- (2024)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1413-8670
DOI: 10.1016/j.bjid.2024.103893
Popis: Introdução: O vírus da dengue (DENV1 a 4) é atualmente o arbovírus mais importante que afeta os seres humanos. Sabe-se que a dengue é endêmica em muitas regiões tropicais e subtropicais do Brasil, especialmente na Amazônia Ocidental (Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima), onde frequentemente ocorre surtos epidêmicos. Entre os grupos populacionais mais susceptíveis às complicações e à evolução para as formas mais graves da dengue estão as gestantes e puérperas. Para as mães acometidas pelas formas mais graves da doença, há maior risco de choque, hemorragias e óbito. Objetivo: O presente trabalho objetivou analisar os casos de dengue em mulheres gestantes ocorridos na Amazônia Ocidental, em 2023, de acordo com variáveis sociodemográficas e relacionando ao desfecho de evolução dos casos. Método: Estudo transversal, quantitativo e descritivo através da coleta de dados do Sistema de Internação Hospitalar por Dengue no ano de 2023 nos estados que compõe a Amazônia Ocidental registrados no DATASUS. Analisaram-se as variáveis sociodemográficas: idade, idade gestacional, raça/cor e distribuição por UF; evolução: cura ou morte. Realizou-se análises descritivas da amostra e regressão logística multivariada ajustadas para as variáveis sociodemográficas. O nível de significância adotado foi de 5% através do Minitab®. Resultados: A população foi de 191 gestantes acometidas com dengue na Amazônia Ocidental no ano de 2023. O estado de Rondônia foi o mais acometido, com 35% dos casos, seguido de Amazonas (32%), Acre (30%) e Roraima (2,09%). A análise descritiva da amostra revela que a faixa etária de 20-39 anos foi a mais prevalente (73%), assim como o segundo trimestre de gestação representou o maior acometimento dessa população (29%), bem como, 63% dos casos evoluem para cura ainda no período gestacional. Houve maiores chances de óbito no terceiro trimestre de gestação em relação ao primeiro e segundo (45% vs. 21%, OR = 2,98, IC95% 1,29-6,88). Conclusão: A análise revela que o risco de óbito aumenta significativamente no terceiro trimestre de gestação, principalmente na população indígena, destacando a necessidade de estratégias específicas de prevenção e manejo para gestantes em regiões endêmicas. Além disso, ressalta a importância de estudos prospectivos para acompanhar os desfechos, apesar da evolução para cura durante a gestação em áreas endêmicas.
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