Análise do uso da monitorização contínua de glicose em pacientes com DM sem suporte multidisciplinar prévio: uma perspectiva observacional
Autor: | Pamela Chaves de Jesus, Pedro Henrique Macedo Moura, Deise Maria Rego Rodrigues Silva, Eloia Emanuelly Dias Silva, Ricardo Ciarlini Cavalcanti de Albuquerque, Lucia Helena Modesto Xavier, Adriana Gibara Guimarães, Lysandro Pinto Borges |
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Jazyk: | English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese |
Rok vydání: | 2023 |
Předmět: | |
Zdroj: | Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia, Vol 8, Iss s. 2 (2023) |
Druh dokumentu: | article |
ISSN: | 2525-7323 2525-5010 |
DOI: | 10.22563/2525-7323.2023.v1.s2.p.128 |
Popis: | Introdução: Atualmente, o Brasil tem cerca de 16,8 milhões de pessoas com diabetes mellitus (DM), estando na quinta posição de incidência no ranking mundial. A DM é uma doença crônica caracterizada por níveis elevados de glicose sérica. Existem dois principais tipos de diabetes: DM tipo 1 e DM tipo 2. O diagnóstico de DM tipo 1 ocorre quando o sistema imunológico ataca e destrói as células beta pancreáticas, resultando em produção insuficiente de insulina no corpo, o que requer a administração diária de insulina. A DM não controlada pode levar a complicações graves em longo prazo, e por isso a monitorização é uma parte fundamental do cuidado, contribuindo para o controle da glicemia, ajuste da terapia e prevenção de complicações. Hoje, existem várias tecnologias disponíveis para facilitar a monitorização em diabetes, como medidores de glicose no sangue e biossensores contínuos de glicose, que exigem treinamento básico aos pacientes pelo profissional de saúde. Objetivos: Observar o uso da monitorização contínua de glicose em pacientes com DM sem suporte multidisciplinar prévio. Material e Método: O estudo foi realizado no ambulatório de endocrinologia do Centro Médico de Aracaju/SE e contou com um endocrinologista, um enfermeiro, dois farmacêuticos e seis estudantes (cinco de Farmácia e um de Biologia). O estudo foi realizado em três meses, aonde os pacientes iam ao ambulatório de 14 em 14 dias para troca do sensor (totalizando o uso de seis sensores). Tivemos n = 17 participantes que assinaram o Termo de Consentimento e que foram inseridos conforme critérios de inclusão e exclusão. Através de um questionário com 13 perguntas, analisamos a motivação para o tratamento e a qualidade de vida dos pacientes. Assim, os dados clínicos a serem analisados foram: HbA1c, glicemia média, tempo médio na meta glicêmica, abaixo e acima desta, casos de hipoglicemia e duração da mesma. (CAAE: 14555719.7.0000.5546). Resultados: A análise estatística foi realizada usando o software Bioestat 5.3, onde foram obtidos resultados de estatística descritiva e Teste de Fisher. Houve uma diferença significativa (p< 0,05), demonstrando piora no controle glicêmico, nas avaliações antes e depois de três meses em relação ao tempo na meta e acima desta. No entanto, não houve mudanças significativas nos outros dados clínicos analisados após o uso do sistema de monitoramento contínuo de glicose. Apesar disso, os dados obtidos no questionário, a grande maioria dos pacientes se sentia motivada para o tratamento e afirmam ter uma boa qualidade de vida. Discussão e Conclusões: A tecnologia do sistema de monitoramento contínuo é um avanço no tratamento da DM. Porém, os achados sugerem que o mesmo, se utilizado por alguém sem instrução prévia do profissional de saúde, não necessariamente vai trazer benefícios. O estudo reforça a importância da equipe multidisciplinar, com a presença do farmacêutico para auxiliar no tratamento do paciente que convive com diabetes. |
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