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JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Tradicionalmente os anestesiologistas desenvolveram as técnicas de anestesia regional que hoje dominam. Para participarem do tratamento dos pacientes com dores crônicas, necessitam transferir os conhecimentos adquiridos, além das indicações cirúrgicas, indicando-os no momento correto, tornando-os úteis e eficazes, num atendimento que deve ser multidisciplinar. O objetivo deste trabalho é mostrar aos anestesiologistas que os bloqueios anestésicos, no tratamento da dor crônica de origem cancerosa, para serem úteis e eficazes, devem ser indicados no momento correto inserindo-os como parte de um tratamento sistêmico, do qual deve-se participar ativamente. CONTEÚDO: O uso correto do protocolo da Organização Mundial da Saúde proporciona diretriz para o controle da dor na maioria dos pacientes com moléstia cancerosa avançada. A eficácia desta abordagem é demonstrada nos seus três primeiros passos, com pequeno número de complicações. Contudo, há pacientes que experimentam efeitos colaterais indesejáveis aos medicamentos opióides sistêmicos e a presença de metástases ósseas e as neuropatias podem determinar efeitos deletéricos nesses pacientes. Técnicas invasivas são raramente indicadas, mas podem resultar em analgesia no tratamento das dores resistentes aos opióides quando usados adequadamente. CONCLUSÕES: Bloqueios com agentes neurolíticos que exigiam alto grau de perícia dos anestesiologistas são as últimas opções de tratamento quando as drogas sistêmicas não mantêm o efeito desejado ou produzem efeitos colaterais de difícil tratamento. Bloqueios anestésicos e injeção de drogas opióides por via subaracnóidea, têm lugar de destaque no tratamento da dor de origem cancerosa e devem ser considerados em situações específicas como parte de um tratamento multidisciplinar. |