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Este estudo objetiva analisar a influência da suavização intencional de resultados na comparabilidade dos relatórios financeiros. A amostra corresponde a 87 companhias, considerando períodos trimestrais de 2013 a 2017. Para o cálculo da medida de comparabilidade, optou-se pelo método da similaridade da função contábil de DeFranco, Kothari e Verdi (2011) e para mensurar a suavização intencional de resultados, utilizou-se duas medidas que capturam diferentes dimensões da suavização, apresentadas no trabalho de Lang, Lins e Maffett, (2012). Os dados foram analisados por meio da regressão quantílica. Os resultados obtidos indicam que a suavização intencional de fato prejudica a comparabilidade. Contudo, quando analisada a suavização intencional de resultados por accruals, houve indícios de reflexo sobre a comparabilidade apenas no quantil que compreende às observações com os menores níveis comparabilidade. Para a maioria das empresas analisadas, a suavização por accruals é menos nociva para a comparabilidade do que a suavização mais geral, que incluí também a suavização operacional. Este aspecto foi observado no trabalho de Sohn (2016) e pode estar relacionado ao problema de o gerenciamento operacional ser mais profundo e persistente do que o gerenciamento por accruals. |