A normatização de condutas realizadas pelas Comunidades Terapêuticas
Autor: | Klindia Ramos Barcelos, Kallen Dettmann Wandekoken, Maristela Dalbello-Araujo, Bruna Ceruti Quintanilha |
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Jazyk: | English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese |
Rok vydání: | 2021 |
Předmět: | |
Zdroj: | Saúde em Debate, Vol 45, Iss 128, Pp 130-140 (2021) |
Druh dokumentu: | article |
ISSN: | 2358-2898 0103-1104 |
DOI: | 10.1590/0103-1104202112810 |
Popis: | RESUMO Neste artigo, foram analisadas as consequências subjetivas decorrentes da internação em uma rede de Comunidades Terapêuticas (CT) a partir das vozes dos egressos. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, por meio de entrevistas semiestruturadas com dez sujeitos. Os resultados são apresentados esmiuçando a terapêutica realizada nas CT. Os participantes a descreveram como baseada em privação de liberdade, dos meios de comunicação e do convívio social, ficando patente que o objetivo é promover o total isolamento e produzir a normatização de condutas. A rede pesquisada configura-se como instituição total por ser idealizada para oferecer internação aos usuários de drogas, entendidos como sujeitos impossibilitados de cuidar de si e que apresentam elevado grau de perigo para todos que estão a sua volta, razão pela qual precisam ser enclausurados e apartados do seu convívio social. Essas instituições ancoram-se em quatro pilares: disciplina, trabalho, convivência e, especialmente, abordagem religiosa, a fim de promover a anulação das subjetividades pregressas, suas singularidades e desejos em prol de uma nova subjetividade - aquela engessada segundo as prerrogativas que vicejam nesses espaços, o que as torna semelhantes aos confinamentos predominantes nos antigos manicômios. |
Databáze: | Directory of Open Access Journals |
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