Perfil da pessoa que será submetida a Ostomia de eliminação intestinal na fase pré-operatória
Autor: | Carla Silva, Célia Santos, Maria Alice Brito |
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Jazyk: | English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese |
Rok vydání: | 2016 |
Předmět: | |
Zdroj: | Onco.News, Iss 33 (2016) |
Druh dokumentu: | article |
ISSN: | 1646-7868 2183-6914 |
DOI: | 10.31877/on.2016.33.03 |
Popis: | Introdução: O cancro colorretal constitui uma das principais causas para a confeção de uma ostomia de eliminação intestinal (Krouse et al., 2016). Em Portugal estima-se que cerca de 20 a 25 mil pessoas vivam com uma ostomia de eliminação (Cabral, 2009). Importa, assim, conhecer o perfil deste grupo populacional na fase que antecede a cirurgia devido à sua influência no período posterior à confeção da ostomia e no processo de reabilitação e adaptação da pessoa à nova condição. Objetivo: Descrever as características sociodemográficas, clínicas e de tratamento da pessoa que vai ser submetida a ostomia de eliminação intestinal no norte de Portugal. Material e métodos: Estudo quantitativo, descritivo e transversal. Foi aplicado o formulário ”Desenvolvimento da competência de autocuidado da pessoa com ostomia de eliminação intestinal – CAO--EI”, validado para a população portuguesa, a uma amostra de conveniência de 50 participantes em três hospitais do norte do país. Resultados: A idade média dos participantes era de 61 anos, variando as idades entre os 25 e os 85 anos. Verificou-se que 88% possuíam escolaridade, embora, destes, cerca de 71% tinham frequentado apenas o primeiro ciclo. Também 60% eram do sexo masculino, 86% casados ou viviam em união de facto e 78% possuíam um familiar cuidador, sendo em 62% dos casos o cônjuge. Todos os participantes estavam a aguardar a cirurgia colorretal com provável construção de ostomia de eliminação intestinal e todos sabiam referir o diagnóstico que motivava a cirurgia, sendo que 78% tinham carcinoma do reto, 82% iriam ser submetidos a colostomia e 52% a ostomia temporária. A maioria dos participantes (82%) nunca tinha contactado com alguém com estoma, 58% participou em consulta de Enfermagem de Estomaterapia e em metade da amostra foi efetuada marcação do estoma. Conclusões: O conhecimento sobre o perfil sociodemográfico, clínico e de tratamento das pessoas que serão submetidas a ostomia de eliminação intestinal, ainda na fase pré-operatória, permite ao enfermeiro identificar, antecipadamente, as mais vulneráveis a desenvolver um processo de adaptação menos ajustado, permitindo-lhe, assim, mobilizar e coordenar recursos no sentido de implementar intervenções de enfermagem que respondam às necessidades específicas deste grupo populacional. |
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