Tratamento do carcinoma diferenciado de tireóide com cirurgia e radioiodo- 131 complementar

Autor: José Ulisses Manzzini Calegaro, Nely Queiroz Manzzini Calegaro, Lidia Vânia Duarte, Márcia Roberta Acioly Araujo, Márcia Dalla Miziara, Ênio de Freitas Gomes, Luis Augusto Casulari R. da Motta, Marluce Alves de Andrade
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Cancerologia, Vol 42, Iss 4 (2022)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2176-9745
DOI: 10.32635/2176-9745.RBC.1996v42n4.2901
Popis: Objetivo: Avaliar os resultados do tratamento do câncer diferenciado da tireóide com cirurgia e radioiodo- 131 complementar. Material e métodos: Foram avaliados retrospectivamente 96 pacientes, no período 1978-1993, com idade média de 41,7 ± 15 anos (1 desvio-padrão), sendo 86 do sexo feminino, e tempo médio de seguimento de 5,3 ± 4,4 anos (1 desvio-padrão); dentre os pacientes, havia 50 casos de carcinoma papilífero (CP), 40 casos de carcinoma folicular (CF) e seis casos de células de Hurthle (CH). Os pacientes foram divididos em dois grupos: um, com 81 casos (47CP, 28CF e 6C11) que foram tratados por tireoidectomia e radioiodo complementar; o outro, com 15 casos (3CP e 12CF) tratados por tireoidectomia e radioíodo para metástases. Os casos foram também analisados por faixa etária, dividindo-se esta em pacientes com menos de 50 anos (72 casos) e os com mais de 50 anos (24 casos), tempo de sobrevida e patologias associadas. Resultados: O Grupo A mostrou um óbito (1,21%) e três casos (3,65%) de metástases em progressão; o Grupo B, cinco óbitos (33,33%) e cinco casos (33,33%) de metástases em progressão. Para os pacientes abaixo de 50 anos, a mortalidade foi de 4,16% e as metástases em progressão corresponderam a 5,55%; para os acima de 50 anos, as taxas foram 12,5% e 16,66% respectivamente. A totalidade dos óbitos e a maior parte das metástases em progressão ocorreram até 10 anos de sobrevida. O bócio nodular autônomo esteve associado em sete dos casos (7,29%). A mortalidade global foi de 6,25% e as metástases em progressão corresponderam a 8,33%. Todos óbitos e a maior parte das metástases em progressão foram devidas ao câncer folicular. Conclusões: 1. A tireoidectomia total e a ablação do tecido remanescente com radioiodo parece ser conduta que proporciona maior segurança. 2. Para pacientes com mais de 50 anos o tumor tem um comportamento mais agressivo. 3. A maior incidência de mortalidade e de metástases em progressão ocorreu até 10 anos de sobrevida. 4. O câncer folicular deve ser considerado como um fator prognóstico de risco. 5. A sua associação com bócio nodular autônomo é mais freqüente do que se supõe.
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