Prevalência e fatores associados à discriminação racial percebida nos serviços de saúde do Brasil
Autor: | Marianny Nayara Paiva Dantas, Kezauyn Miranda Aiquoc, Emelynne Gabrielly de Oliveira Santos, Mercês de Fátima dos Santos Silva, Dyego Leandro Bezerra de Souza, Nayre Beatriz Martiniano de Medeiros, Isabelle Ribeiro Barbosa |
---|---|
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2019 |
Předmět: | |
Zdroj: | Revista Brasileira em Promoção da Saúde, Vol 32, Pp 1-11 (2019) |
Druh dokumentu: | article |
ISSN: | 18061230 1806-1230 |
DOI: | 10.5020/18061230.2019.9764 |
Popis: | Objetivo: Analisar a prevalência da discriminação por raça/cor praticada por prestadores de cuidados em serviços de saúde no Brasil e seus fatores associados. Métodos: Estudo transversal realizado a partir dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013, com variável dependente elaborada a partir da resposta à questão X25: O(A) Sr(a) já se sentiu discriminado (a) ou tratado(a) pior do que as outras pessoas no serviço de saúde? As variáveis independentes foram: região de moradia no país, situação de domicílio, raça/cor, sexo, faixa etária, vive com cônjuge, ocupação, escolaridade, critério de classe social no Brasil, tabagismo, alcoolismo, presença de multimorbidade, autoavaliação de saúde e uso de plano privado de saúde médico ou odontológico. Esses fatores foram analisados através das razões de prevalência (RP), com análise multivariada pela regressão de Poisson (IC95%), com teste de Wald para estimação robusta. Resultados: A prevalência da discriminação por raça/cor foi de 1,45% (n=6055), associada a ser negro (RP 3,74 IC95% 2,89-4,85), ter idade entre 25-39 anos (RP 1,89 IC95% 1,21-2,55), ser fumante (RP 1,55 IC95% 1,17-2,09), possuir quatro morbidades (RP 2,54 IC95% 1,62-3,99), avaliar a própria saúde como ruim ou muito ruim (RP 1,76 IC95% 1,25-2,48), ser usuário do serviço público de saúde (RP 1,33 IC95% 1,02-1,73) e residir na zona urbana do país (RP 1,48 IC95% 1,10-1,98). Conclusão: A discriminação por raça/cor praticada por prestadores de cuidados de saúde no Brasil apresenta baixa prevalência, o que pode estar relacionado às construções e sanções culturais, sociais e legais envolvidas nesse fenômeno. |
Databáze: | Directory of Open Access Journals |
Externí odkaz: |