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O presente artigo tem como objetivo investigar a relação entre o niilismo e a construção do personagem-narrador de Memórias do subsolo, de Fiódor Dostoiévski. Para isso, realiza-se uma análise da estética niilista presente na obra, destacando como o autor, ao se posicionar como sujeito de sua própria criação, emprega o niilismo tanto como recurso estético quanto como alvo de crítica, buscando ao mesmo tempo superá-lo. Nesse sentido, o autor russo compreende o niilismo não apenas como uma representação da condição humana, conforme descrito por Nietzche, ou como um fenômeno histórico que afetou a Rússia no século XIX, mas também como uma força criativa e uma potência política que molda sua produção literária. |