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Com base nos autores Raewyn Connell, Michael Kimmel e Jason Stanley, o artigo busca auxiliar na compreensão de como a masculinidade hegemônica tornou-se a base para a fundamentação dos principais pilares do discurso político da extrema-direita no Brasil. Para isso, realizou-se a análise do discurso com base em um dos primordiais alicerces da campanha eleitoral para a presidência de Jair Bolsonaro em 2022, a defesa da “família tradicional brasileira”, como exemplo de discurso sustentador das estruturas androcêntricas e patriarcais e, portanto, da masculinidade tradicional em nossa sociedade. Ainda, o estudo usou as pesquisas de Pierre Bourdieu e Heleieth Saffioti com o objetivo de evidenciar como a naturalização dessas falas por lideranças políticas pode contribuir na propagação de diferentes formas de violência de gênero contra grupos “submissos” a essas estruturas hegemônicas de masculinidade. |