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Este artigo consiste em um relato de experiência de um estágio obrigatório em uma Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), onde foi constituído um grupo operativo-reflexivo com 8 adolescentes do sexo masculino, em conflito com a lei. Os grupos eram de caráter aberto, recebendo participantes ao longo do semestre, sendo a presença destes obrigatória. Para a elaboração deste estudo, traçamos um esboço teórico que problematiza as violações de direitos que fazem da violência um efeito normativo na vida desses adolescentes, provenientes da mesma classe social. Objetiva-se com este artigo descrever e discutir as possibilidades de trabalho desenvolvidas no grupo de medidas socioeducativas de liberdade assistida. Os resultados mostraram que antes mesmo da infração, esses adolescentes estão expostos a múltiplas violências, seja pela família, pelo Estado, ou pela privação de direitos. Concluímos com este estudo que apesar de os grupos terem um importante potencial de reformular os significados, o fato de ser realizado em uma delegacia, dificulta aos adolescentes a vinculação com as propostas das oficinas. |