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Neste artigo, investigamos a natureza dos estativos que formam sequência com deônticos. Nosso objetivo foi avaliar o papel que as propriedades desses predicados sob o escopo do modal desempenham na sua interpretação. Apresentamos evidências do português brasileiro e do Paresi (Brandão 2014) para a postulação de estados passíveis de controle. Essa divisão da classe dos estativos, já sinalizada por Parsons (1990) e Basso e Ilari (2004), possibilitou rastrear diferenças entre dois tipos de deônticos: ought-to-do e ought-to-be, separação assumida por Brennan (1993) e Hacquard (2006). Constatamos que os primeiros funcionam apenas com estativos controláveis, enquanto os últimos funcionam com todos os tipos de estativos; manifestam, entretanto, restrição relativa à leitura do DP. Essas evidências fornecem respaldo adicional à hipótese aventada em Rech e Giachin (2014) e Pires de Oliveira e Rech (2016), segundo a qual a definição da modalidade está atrelada às propriedades do predicado sob o escopo do modal. |