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Este trabalho se inscreve em torno de narrativas de pedagogas iniciantes que, ao ensinar diferentes disciplinas nos anos iniciais do ensino fundamental, sentiram as dificuldades de viver a inserção profissional docente em tempos de pandemia e de ensinar em contexto de distanciamento e isolamento social. Na busca por uma construção de memórias e significados sobre a experiência do vivido, o objetivo do texto é discutir como professores/as iniciantes, licenciados/as em pedagogia e em situação de inserção profissional em turmas dos anos iniciais do ensino fundamental foram afetados/as pelo isolamento social e pela solidão docente durante a pandemia de COVID-19. O uso de ferramentas digitais viabilizou a realização de entrevistas com sete professoras licenciadas em pedagogia que atuavam nos anos iniciais do ensino fundamental, viviam o período de inserção docente em diferentes estados do Brasil e que participaram de uma pesquisa-formação interinstitucional. Teórico-metodologicamente orientou-se pela pesquisa narrativa, com base em Galvão e Clandinin e Connelly. As narrativas foram postas em diálogo teórico com Cruz, Farias e Hobold e Cochran-Smith no que se refere às especificidades da inserção profissional docente. Elas indicam que a pandemia exigiu diferentes modos de relação com/para o ensino, com as crianças e com os familiares, e trouxe o desafio de buscar estratégias pedagógicas virtuais com os/as estudantes e familiares, apesar dos afetamentos provocados pelos sentimentos de angústia, aflição e impotência que as acometeram durante o período. Conclui-se quanto à necessidade de políticas, programas e projetos de apoio e acompanhamento aos/às professores/as iniciantes em distintos contextos educacionais. |