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Propomos uma análise geossociolinguística e léxico-semântica da “parte do corpo da mãe com que ela amamenta os filhos”, a partir de dados cedidos pelo Projeto ALiB (Atlas Linguístico do Brasil), com sede regional em Campo Grande/MS. Ancorados em Cardoso e Mota (2013), sobre o percurso teórico-histórico da Dialetologia no Brasil e a utilização da Geolinguística Pluridimensional enquanto método, em Guérios (1979), sobre meios de substituição para tabus linguísticos, e também nas considerações de Pietroforte e Lopes (2017), a respeito da Semântica Lexical, buscamos analisar a produtividade lexical das variantes PEITO, SEIO e MAMA, apontadas pelos informantes das cidades do interior do estado do Mato Grosso do Sul, utilizadas como rede de pontos de inquéritos do Projeto ALiB. Após aferirmos a distribuição diatópica das variantes nessas cidades, investigamos os usos linguísticos a partir dos critérios diassexual (sexo) e diageracional (idade dos informantes). Por fim, analisamos acepções para as unidades lexicais registradas nos dicionários gerais Caldas Aulete Digital, Michaelis Digital e Priberam Online, além do Manual de Semiologia Médica, de Porto (2005), dicionário terminológico da área da Medicina. Como resultados da pesquisa, verificamos a maior utilização de termos científicos e técnicos para nomear este referente no interior do estado do Mato Grosso do Sul. A análise léxico-semântica, por sua vez, nos permitiu identificar que a denominação PEITO, típica da oralidade, já se encontra dicionarizada. |