Autor: |
Noemi Sakiara Miyasaka Porro, Ademir Roberto Ruschel, Roberto Porro, José do Nascimento Santos |
Jazyk: |
English<br />Spanish; Castilian<br />French<br />Portuguese |
Rok vydání: |
2023 |
Předmět: |
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Zdroj: |
Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, Vol 18, Iss 2 (2023) |
Druh dokumentu: |
article |
ISSN: |
2178-2547 |
DOI: |
10.1590/2178-2547-bgoeldi-2022-0047 |
Popis: |
Resumo A relação entre palmeiras e comunidades é fator significativo para a constituição de territórios tradicionais e para a conservação de relevantes ecossistemas. Designada como ‘mãe do povo’, a palmeira babaçu – Attalea speciosa (Mart. ex Spreng.) – tem provido historicamente o sustento de quilombos em terras de uso comum, nas áreas de sua ocorrência. Porém, contínuos assédios governamentais e civis de privatização ameaçam tais processos socioeconômicos e ecológicos, sob um mercado de terras desfavorável à tradição quilombola. É analisado o caso do quilombo Monte Alegre-Olho D’Água dos Grilos, no vale do rio Mearim, Maranhão, atualmente sob processo ilegal de privatização de terras coletivas. Quilombolas, em parceria de pesquisa-ação com os autores, realizaram inventário da vegetação arbórea no seu território. Resultados desse inventário e dados da memória oral sobre a vegetação arbórea permitem refletir sobre bases conceituais para a conservação dos babaçuais. Os resultados indicam que a regularização fundiária na modalidade coletiva é necessária, mas não suficiente para evitar a fragmentação da cobertura vegetal prejudicial à conservação florestal. Conclui-se que os direitos territoriais reivindicados, embora garantidos constitucionalmente, só serão concretizados se Estado e sociedade respeitarem a renovação da tradição do uso comum pelos quilombolas, conforme preconizado na revisada ‘teoria dos comuns manejados’. |
Databáze: |
Directory of Open Access Journals |
Externí odkaz: |
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