Segurança da ablação de fibrilação atrial com RNI terapêutico: comparação com a transição com heparina de baixo peso Safety of ablation for atrial fibrillation with therapeutic INR: comparison with transition to low-molecular-weight heparin

Autor: Eduardo B. Saad, Ieda P. Costa, Rodrigo E. da Costa, Luiz Antônio O. Inácio Jr, Charles Slater, Angelina Camiletti, Dario G. de Moura Neto, Paulo Maldonado, Luiz Eduardo Camanho, Carisi A. Polanczyk
Jazyk: English<br />Portuguese
Rok vydání: 2011
Předmět:
Zdroj: Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Vol 97, Iss 4, Pp 289-296 (2011)
Druh dokumentu: article
ISSN: 0066-782X
1678-4170
Popis: FUNDAMENTO: O manejo ideal da anticoagulação oral (ACO) no período pré- e pós-ablação de fibrilação atrial (FA) ainda é motivo de controvérsia. OBJETIVO: Comparar duas estratégias de anticoagulação: suspensão da warfarina com a utilização de heparina de baixo peso molecular (HBPM) e a realização da ablação sem a suspensão da warfarina, mantendo o RNI terapêutico (entre 2,0 e 3,0). MÉTODOS: 140 pacientes (pt) portadores de FA persistente/ permanente submetidos à ablação por cateter de FA foram divididos em dois grupos: no grupo I (70 pt), a warfarina foi suspensa cinco dias antes do procedimento e utilizada terapia de transição com HBPM (enoxaparina 1 mg/kg 2x/dia pré-ablação e 0,5 mg/kg 2x/dia após o procedimento); no grupo II (70 pt), a warfarina não foi suspensa e o procedimento foi realizado com RNI terapêutico. Ambos os grupos receberam heparina intravenosa (TCA > 350 seg) durante o procedimento. RESULTADOS: No Grupo I, observou-se complicação hemorrágica maior (1,4%) e 4 pt (5,7%) com complicações hemorrágicas menores. No Grupo II, 2 pt (2,8%) apresentaram complicações hemorrágicas menores e 1 pt apresentou sangramento maior; porém, este ocorreu após uso de HBPM por RNI < 2,0. Não houve complicação tromboembólica ou morte cardiovascular nos dois grupos após 16 ± 8 meses. CONCLUSÃO: A realização de ablação por cateter de FA sem a suspensão de ACO e RNI terapêutico é uma estratégia semelhante em segurança e eficácia quando comparada à tradicional transição com HBPM, evitando um período inicial pós-ablação de anticoagulação potencialmente inadequada.BACKGROUND: The ideal management of oral anticoagulation (OAC) before and after catheter ablation for atrial fibrillation (AF) is still controversial. OBJECTIVE: To compare two anticoagulation strategies for catheter ablation for AF: warfarin withholding and use of low-molecular-weight heparin (LMWH); and maintenance of warfarin and therapeutic INR (between 2.0 and 3.0). METHODS: 140 patients (pt) with persistent/permanent AF undergoing catheter ablation for AF were divided into two groups: Group I (70 pt), in which warfarin was withheld five days prior to the procedure and transition to LMWH was used (enoxaparin: 1 mg/kg 2x/day before ablation, and 0.5 mg/kg 2x/day after ablation); Group II (70 pt), in which warfarin was not withheld and the procedure was performed with therapeutic INR. Both groups received intravenous heparin (ACT > 350 seconds) during ablation. RESULTS: In Group I, one pt (1.4%) had a major hemorrhagic complication and four pts (5.7%) had minor hemorrhagic complications. In Group II, two pts (2.8%) had minor hemorrhagic complications and one pt had a major bleeding, which occurred after using LMWH due to INR < 2.0. None of the groups had thromboembolic complications or cardiovascular death over a period of 16 ± 8 months. CONCLUSION: Catheter ablation for AF without withholding OAC and with therapeutic INR is a strategy that has similar safety and efficacy when compared with the traditional transition to LMWH, avoiding the potentially inadequate anticoagulation of the initial post-ablation period.
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