Estão Representados Mediaticamente, Logo Existem: Protestos de Hong Kong em 2019 no Correio da Manhã e no Jornal de Notícias
Autor: | Célia Belim, Artur Simões |
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Jazyk: | English<br />Portuguese |
Rok vydání: | 2022 |
Předmět: | |
Zdroj: | Comunicação e Sociedade, Vol 42 (2022) |
Druh dokumentu: | article |
ISSN: | 1645-2089 2183-3575 |
DOI: | 10.17231/comsoc.42(2022).4001 |
Popis: | Este artigo pretende entender como o Correio da Manhã (CM) e o Jornal de Notícias (JN) representam os protestos de Hong Kong entre 31 de março e 29 de novembro de 2019, conhecendo a agenda que envolve a sua representação e identificando os enquadramentos. Recorrendo à análise de conteúdo, os resultados sugerem uma perspetiva sobretudo neutra de ambos os jornais, denotando-se ligeira inclinação pró-governo do JN e pró-democracia do CM. Também há diferença na seleção de fontes: o JN incluiu fontes em quase 75% das suas notícias, preferindo fontes anti- protesto, ao passo que o CM convocou fontes em quase 60% das suas peças, com tendência para selecionar fontes pró-protesto. Contudo, nota-se, nos dois jornais, a descrição de um cenário violento quer dos manifestantes quer do governo. As causas dos protestos são quase inteiramente atribuídas ao governo ou a indivíduos de Hong Kong, sendo raras as atribuições a elementos externos. É também atribuída a Hong Kong e aos seus cidadãos a responsabilidade pela solução dos protestos. Encontra-se uma descrição tendencialmente negativa tanto do governo como, de forma menos acentuada, dos manifestantes. Apuram-se relações estatisticamente significativas entre jornal e fonte; jornal e menção das causas do protesto; fontes e descrição do comportamento dos manifestantes; descrição do comportamento dos manifestantes e menção das causas do protesto. |
Databáze: | Directory of Open Access Journals |
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