PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE GENITURINÁRIO NO BRASIL, ENTRE 2004 E 2023

Autor: Gabriel von Flach Sarmento, Guilherme von Flach Sarmento, Plácido Natanael de Lima Neto, Beatriz Silva de Marco, Victor de Oliveira Alvim Albergaria, Alice Sarno Menezes, Gabriela Loula Dourado do Nascimento, Davi Domingos dos Santos Ferreira
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Infectious Diseases, Vol 27, Iss , Pp 103643- (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1413-8670
DOI: 10.1016/j.bjid.2023.103643
Popis: Introdução: A Tuberculose (TB) é uma patologia granulomatosa crônica, apresentando como principal agente etiológico o Mycobacterium tuberculosis. Ela é considerada como a principal doença infecciosa causadora de óbitos em todo o globo. Apesar de seu principal sítio de infecção ser o pulmão, o trato geniturinário (TGU) pode ser acometido pela infecção. Por conta de sua importância, faz-se necessário compreender as características dos pacientes que são acometidos pela patologia. Objetivos: Analisar as internações por TB do TGU, além de caracterizar o perfil epidemiológico dos afetados, no Brasil, entre 2004 e 2023. Metodologia: Um estudo descritivo, ecológico e quantitativo com dados do departamento de informática do SUS (DATASUS). As informações obtidas foram referentes às internações por TB do TGU, entre Jan/2004 e Mar/2023, no Brasil, a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Resultados: Houve um total de 6373 internações, onde o ano com maior e menor número foram 2004 (517) e 2023 (58), respectivamente. A região mais afetada foi a Sudeste (3515; 55,2%), seguida pelo Sul (1119; 17,6%) e Nordeste (1077; 16,9%). Destas, os principais representantes foram São Paulo (SP) (1922; 30,2%), Rio Grande do Sul (603; 9,5%) e Bahia (365; 5,7%). As faixas etárias mais acometidas foram entre 40 e 49 (1419; 22,27%), 30 e 39 (1297; 20,35%) e 50 e 59 anos (1249; 19,6%). Já o sexo, 3571 (56,03%) eram do sexo masculino, enquanto 2800 (43,94%) pacientes eram do feminino. Ademais, 229 (4%) eram tabagistas, 310 (5%) etilistas e 105 (2%) usuários de drogas ilícitas. Apesar disto, uma fração importante dos pacientes não preencheu os hábitos aqui apresentados (59%; 25%; e 59%, respectivamente). Conclusão: A partir dos dados aqui apresentados, fica explícito que as internações por TB do TGU apresentaram uma leve queda, com uma estabilização a partir do ano de 2011. Nota-se um maior acometimento pelo Sudeste, com destaque para SP, por paciente do sexo masculino, com faixa etária de 30 a 59 anos. Além disso, percebeu-se que a maior parte dos pacientes não apresentavam hábitos que pudessem piorar sua condição de base. Por fim, entretanto, observou-se que uma fração considerável dos pacientes não tinham a ficha preenchida de maneira adequada. Isto torna-se um desafio importante para o traçado adequado e preciso do perfil epidemiológico dos pacientes, bem como seus hábitos, o que traria informações preciosas para possíveis medidas de prevenção da condição.
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