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Este artigo estuda os discursos sobre as mulheres na cena pública, a partir das imagens hegemônicas da publicidade e das imagens discordantes das intervenções urbanas. A perspectiva interseccional, em junção com a categoria analítica das imagens de controle, é posta em articulação para olhar o fenômeno comunicacional além dos marcadores sociais da diferença e refletir criticamente sobre as formas de opressão e dominação nas dinâmicas da cidade. Metodologicamente, recorremos à observação etnográfica nas cidades do Recife (PE) e Natal (RN). A amostragem é composta por 14 imagens de outdoors, painéis, fachadas (oriundos de setores da educação, da saúde, do vestuário e da beleza), grafites, pichações e lambes com mulheres e nosso objetivo é verificar a recepção destas imagens nas cidades. Ao final, constatamos que a publicidade reproduz corpos “perfeitos”, convoca ao cuidado de si, reitera papéis sociais e impõe lugares subalternos às mulheres. |
