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RESUMO Este trabalho analisa a disputa pela direção moral e intelectual do processo de modernização no Grão-Pará nas décadas de 1870 e 1880, entre a tradição imperial e a política científica. Conservadores e católicos, liberais e republicanos apresentaram os seus projetos políticos de conservação e mudança das estruturas de organização do Estado. Partindo de pesquisa documental e revisão bibliográfica, defendo que havia uma polarização entre tradição e fé versus ciência e razão, que enfrentava a questão da modernidade: as duas trincheiras, cujos papéis na imprensa e na formação da opinião pública eram privilegiados, projetavam, com suas diferenças internas, o progresso e a civilização na região. Concluo que as coordenadas do debate político sobre a civilização da Amazônia oitocentista estavam entre as bençãos de Pio IX, o cetro de um terceiro reinado e as benesses da secularização, da abolição e da federação. |