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A experiência da maternidade promove mudanças diversas nas mulheres. Foi para entender como as mulheres são afetadas por essas mudanças que nos propusemos a pesquisar as Narrativas Maternas, com o objetivo de destacar as experiências de mães durante a vivência do ciclo gravídico puerperal até os três primeiros anos do bebê, discutindo suas transformações subjetivas. Neste estudo, discutiu-se o conceito de instinto materno, assim como a construção social do ser mãe, aspectos que individualizam e invisibilizam a maternidade e a vivência das mulheres. Para isso, além da pesquisa bibliográfica, entrevistamos cinco mulheres, mães pela primeira vez e com crianças de até três anos de idade, buscando dar voz às suas experiências. Com esta pesquisa foi possível constatar a existência de uma lacuna entre o que se pensa e o que se fala sobre a maternidade e a vivência cotidiana da mesma, visto que a priorização da narrativa positiva não deixa espaço para emergir sentimentos ambivalentes, causando adoecimento e uma maior dificuldade de elaboração dessa experiência. Desse modo, verificou-se a necessidade de um olhar mais atento dos profissionais da saúde para a saúde mental das mulheres mães, não só em casos de depressão pós-parto, mas como forma de acolhimento, analisando esse tema sob a ótica social e coletiva e do adoecimento psíquico. |
