CONVERSÃO PARA MICOFENOLATO DE SÓDIO EM PACIENTES RECEPTORES DE TRANSPLANTE RENAL EM MANUTENÇÃO: ANÁLISE MULTICÊNTRICA RETROSPECTIVA

Autor: Mario Abbud-Filho, Maria Alice S F Baptista, Deise B M Carvalho, Tereza A Matuck, Jose Maria G Figueiro, Valter Duro Garcia, Elizete Keitel, Luiz Felipe S Gonçalves, Roberto C Manfro, Renato T Gonçalves, Kikumi Kozaki, Geraldo Majella M Paula, André B Pereira, Glaucia Prismich, Abrahão Salomão-Filho, Eduardo R Silveira, Leon G A Soares
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2007
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Transplantation, Vol 10, Iss 4 (2007)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2764-1589
DOI: 10.53855/bjt.v10i4.347
Popis: O micofenolato de mofetila (MMF) é um imunossupressor que pode ter os resultados prejudicados por causa de reduções de dose ou suspensão da medicação necessárias em caso de eventos adversos (EA). Uma formulação com revestimento gastro-resistente, o micofenolato de sódio (EC-MPS), foi desenvolvida na tentativa de reduzir os EA do trato gastrintestinal (GI). Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar as razões da mudança da terapia imunossupressora (conversão) de qualquer droga adjuvante para EC-MPS em adultos receptores de transplante renal (RTx) em fase de manutenção. Casuística e Método: foram avaliados 109 RTx que foram convertidos de qualquer terapia imunossupressora adjuvante para EC-MPS em 12 centros de transplante no Brasil. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (62%), 71% caucasianos, com idade media de 43 ± 13 anos e 53% receptores de doadores vivos. Após um período de 13 ± 10 meses os pacientes foram convertidos para EC-MPS, em grande parte (35%) por causa de eventos adversos. Resultados: Oitenta e três pacientes (76%) foram convertidos de MMF e em 36 deles (33%) a conversão foi exclusivamente por EA-GI, sendo a diarréia o motivo mais freqüente (83%). Um mês e 10 meses após a conversão de MMF para EC-MPS 57% e 13% e 62% e 5% dos pacientes com sintomas GI apresentaram melhora total ou parcial, respectivamente. Alterações das doses pré e pós conversão foram observadas respectivamente em 83% e 14%. A creatinina sérica média, o peso e os parâmetros hematológicos não mudaram significantemente antes e após a conversão. Conclusão: as principais razões de conversão para EC-MPS relatadas pelos centros foram: eletiva e por eventos adversos gastrintestinais. A conversão em pacientes com eventos adversos gastrintestinais em uso de MMF para EC-MPS foi clinicamente segura e melhorou as queixas totalmente ou parcialmente em 67% dos pacientes.
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