Prevalence of Barrett's esophagus in individuals without typical symptoms of gastroesophageal reflux disease Prevalência do esôfago de Barrett em indivíduos sem sintomas típicos da doença por refluxo gastroesofágico

Autor: Mauro Carneiro de Freitas, Luciana Dias Moretzsohn, Luiz G. V. Coelho
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2008
Předmět:
Zdroj: Arquivos de Gastroenterologia, Vol 45, Iss 1, Pp 46-49 (2008)
Druh dokumentu: article
ISSN: 0004-2803
1678-4219
DOI: 10.1590/S0004-28032008000100009
Popis: BACKGROUND: Barrett’s esophagus, the major risk factor for esophageal adenocarcinoma, is detected in approximately 10%-14% of individuals submitted to upper endoscopy for the assessment of gastroesophageal reflux disease related symptoms. Prevalence studies of Barrett’s esophagus in individuals without typical symptoms of gastroesophageal reflux disease have reported rates ranging from 0.6% to 25%. AIM: To determine the prevalence of Barrett’s in a Brazilian population older than 50 years without typical symptoms of gastroesophageal reflux disease. METHODS: A total of 104 patients (51 men), mean age of 65 years, with an indication for upper endoscopy but without symptoms of heartburn and/or acid regurgitation (determined with a validated questionnaire) were recruited. Subjects submitted to upper endoscopic examination in the last 10 years or using antisecretory medication (proton pump inhibitors) during the last 6 months were not included. Methylene blue chromoscopy was performed during the endoscopic exam to facilitate identification of the metaplastic epithelium. RESULTS: Barrett’s esophagus was diagnosed endoscopically and confirmed by histology in four patients, all of them males. The metaplastic segment was short (less than 3 cm) and free of dysplasia in all patients. The prevalence of Barrett’s esophagus was 7.75% in the male population and 3.8% in the general population studied. CONCLUSION: Due to the low prevalence of Barrett’s esophagus found in the present study, associated with the finding of short-segment Barrett’s esophagus in all cases diagnosed and the absence of dysplasia in the material analyzed, endoscopic screening for Barrett’s esophagus in patients above the age of 50 without the classical symptoms of gastroesophageal reflux disease is not indicated for the Brazilian population.RACIONAL: O esôfago de Barrett, principal fator de risco para o adenocarcinoma do esôfago, é uma complicação da doença por refluxo gastroesofágico de longa duração, sendo detectado em, aproximadamente, 10%-14% dos indivíduos submetidos a endoscopia digestiva alta para avaliação de sintomas relacionados à doença por refluxo gastroesofágico. Estudos de prevalência do esôfago de Barrett em indivíduos sem sintomas típicos de doença por refluxo gastroesofágico mostram taxas oscilando entre 0,6% e 25%. OBJETIVO: Determinar a prevalência do esôfago de Barrett em indivíduos maiores de 50 anos sem os sintomas clássicos da doença por refluxo gastroesofágico. MÉTODOS: Foram recrutados 104 pacientes (51 homens e 53 mulheres), idade média 65 anos, com indicação de se submeterem a endoscopia digestiva alta, porém sem sintomas de pirose e/ou regurgitação ácida (certificados através de questionário validado). Foram excluídos indivíduos com exame endoscópico prévio nos últimos 10 anos ou que fizeram uso de medicação anti-secretora nos últimos 6 meses. Durante o exame endoscópico foi realizada cromoscopia com azul de metileno, para facilitar a identificação do epitélio metaplásico. RESULTADOS: O esôfago de Barrett foi diagnosticado por endoscopia e confirmado pela histologia em quatro pacientes, todos do sexo masculino. Os segmentos metaplásicos eram curtos (inferior a 3 cm) e livre de displasia em todos os pacientes. A prevalência encontrada foi de 7,75% na população masculina e 3,8% na população geral avaliada. CONCLUSÃO: Diante da baixa prevalência do esôfago de Barrett encontrada no presente estudo, associada ao achado de segmento curto de Barrett em todos os casos diagnosticados e ausência de displasia no material analisado, rastreamento endoscópico para o esôfago de Barrett em pacientes acima de 50 anos sem os sintomas clássicos da doença por refluxo gastroesofágico não se justificaria na população brasileira.
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