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Este artigo buscar apresentar a crítica de Paul Ricoeur ao paradigma moderno da racionalidade cartesiana. Para além de mera crítica, ele persegue uma filosofia reflexiva que deve passar por mediações culturais, configuradas em representações, ações, obras, instituições, monumentos que a objetivam, de tal modo que, nesses objetos de amplitude simbólica, o “eu reflexivo” possa perder-se e encontrar-se. A hermenêutica, através do esforço interpretativo, a via longa, procura revelar o latente, num processo de constante confronto com todas as significações que se manifestam na cultura. Nesse sentido, o filósofo francês traz uma proposta de ampliação crítica de horizontes para a compreensão do mundo e a reconstrução possível da reflexão, com suas realidades mais ampliadas, sem cair em armadilhas de manipulações ideológicas e em estreitamentos de cientificismos reducionistas. |