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RESUMO: Objetivo: investigar a avaliação de mães de recém-nascidos pré-termo acerca da introdução e uso de chupeta e sua relação com variáveis socioeconômicas, prematuridade e aleitamento materno, partindo-se do contexto da internação de seus filhos em unidade de terapia intensiva neonatal. Métodos: na etapa inicial, participaram 62 mães de recém-nascidos pré-termo, tendo comparecido 52 para acompanhamento aos seis meses de idade e 40 aos 24 meses. Os dados foram tabulados utilizando o programa SPSS versão 18.0 e análise estatística com testes Qui-quadrado, Fisher e Mann-Whitney. Resultados: a tentativa de introdução da chupeta ocorreu para 96,2% dos bebês nascidos pré-termo, egressos de unidade de terapia intensiva neonatal, e seu uso em 50%; o hábito de sucção de chupeta foi alto entre crianças da família (irmãos - 51,9%; primos - 76,9%), reforçando aspectos culturais. Apresentaram associação estatisticamente significante com maior uso de chupeta: prematuridade avaliada pela relação peso/idade-gestacional (p=0,044), dificuldade para estabelecer ou manter o aleitamento materno após a alta hospitalar (p=0,012) e primiparidade (p=0,02); relação com menor frequência de chupeta: aleitamento materno exclusivo ≥3 meses (p=0,026) e tempo de aleitamento materno ≥6 meses (p=0,004). A dificuldade para o aleitamento materno após a alta hospitalar foi associada com maior tempo de internação (p=0,007) e maior tempo de sonda orogástrica (p=0,006). Conclusão: a oferta da chupeta para lactentes nascidos pré-termo, egressos de unidade de terapia intensiva neonatal, apresentou grande influência cultural, mas sua aceitação pelo bebê ocorreu principalmente devido às dificuldades encontradas pelas mães para estabelecerem o aleitamento materno. |