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Introdução: A Portaria de Consolidação No. 5 de 2017 do Ministério da Saúde (MS) que redefine as boas práticas do ciclo do sangue no Brasil, tem o objetivo de regulamentar a atividade hemoterápica no País. A segurança e a qualidade do sangue e hemocomponentes devem ser asseguradas em todo o processo, desde a captação de doadores até a sua administração ao paciente. Os indicadores de qualidade são fundamentais para as medições de desempenho específicas projetadas para monitorar um ou mais processos durante um período definido de tempo. Esses componentes podem ser medidos por meio de indicadores da qualidade e o reconhecimento é obtido pelos processos de certificação ou acreditação. Objetivos: Elaborar um protocolo de avaliação da qualidade do serviço hemoterápico de modo a garantir o uso racional do sangue e a segurança do paciente, baseado em indicadores de qualidade, através de revisão de literatura especializada. Material e métodos: Estudo qualitativo, por pesquisa exploratória e descritiva, através de revisão de literatura e confronto com a realidade do serviço. A construção de um protocolo de indicadores, estruturado em ciclos de avaliação, intervenção para melhoria e nova avaliação, estando esse formato estreitamente relacionado com o Ciclo PDCA ou Ciclo de Deming. Resultados: A partir de revisão bibliográfica e legislação vigente, dentro da estratégia de melhoria de qualidade no serviço de hemoterapia de um hospital pediátrico, referência em trauma, terapia intensiva, oncologia e cirurgia cardíaca, foi elencado uma série de indicadores para avaliação interna de qualidade: Índice de pacientes transfundidos; Percentual de descarte total de bolsas, de concentrado de hemácias e concentrados de plaquetas; tempo de instalação do hemocomponente: Índice de reações transfusionais e cumprimento de protocolo de reserva cirúrgica. Discussão: A ideia de realizar o presente estudo surgiu da necessidade de criação de um protocolo interno para padronização de ferramentas de avaliação e indicadores de qualidade em hemoterapia como parte de um processo de melhoria contínua. Principalmente por estarmos participando de um processo de acreditação nacional. A avaliação de serviços de saúde é necessária como elemento do cotidiano de trabalho, de modo a identificar fragilidades e a visualizar oportunidades de melhoria. Os indicadores, de acordo com a Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA), contêm informações relevantes sobre o sistema de saúde, devendo refletir a situação sanitária e servir para a vigilância das condições de saúde. A hemoterapia hoje se constitui em uma das alternativas terapêuticas mais efetivas no tratamento de determinadas patologias e na reposição de hemocomponentes e hemoderivados essenciais à manutenção da vida. Na gestão da qualidade, temos que olhar para o serviço de saúde como uma empresa, que precisa entregar um produto (serviço de saúde) ao cliente (paciente) com a garantia de qualidade e segurança de que está sendo entregue com excelência, com o cuidado de se evitar desperdício tanto financeiro como o do nosso bem mais precioso que é o sangue. Conclusão: O presente estudo culminou com a elaboração de um protocolo de indicadores de qualidade em hemoterapia para acompanhamento, avaliação e melhoria da gestão da qualidade em uma agência transfusional garantindo o uso racional e seguro do sangue. |
