Meningite criptocócica: aspectos clínicos, evolutivos e histopatológicos segundo a condição predisponente

Autor: Adhemar M. Fiorillo, Regina Helena P. Lima, Roberto Martinez, Carlos E. Levy, Osvaldo M. Takayanagui, José Barbieri Neto
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 1990
Předmět:
Zdroj: Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Vol 23, Iss 1, Pp 19-25 (1990)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1678-9849
0037-8682
DOI: 10.1590/S0037-86821990000100004
Popis: Dezessete casos consecutivos de meningite criptocócica foram analisados depois de divididos em 3 grupos: I. três pacientes sem. imunodeficiência; II. seis pacientes com doença primária: neoplasia (3), diabetes (2) e alcoolismo (1); III. oito pacientes que desenvolveram criptococose depois de 18 a 67 meses de submetidos a transplante renal e imunossupressão medicamentosa. A duração mediana da sintomatologia antes do diagnóstico foi maior no Grupo II (53 dias) do que nos Grupos I (25 dias) ou III (28 dias). Rigidez de nuca, comprometimento de pares cranianos epapiledema foram mais comuns no Grupo I do que nos Grupos II ou III, mas febre e sinais neurológicos focais foram observados apenas nos doentes destes últimos grupos. Apesar do predomínio de linfócitos na maioria dos casos, foi mais freqüente nos pacientes com rim transplantado a presença de neutrófilos no liquor cefalorraquiano. A mortalidade tardia foi maior nos pacientes com doença primária e, dos casos que receberam tratamento antifúngico efetivo, tiveram melhor prognóstico os pacientes com transplante renal. Encontrou-se o criptococo nos tecidos dos 8 casos necropsiados, notando-se também a formação de granulomas, exceto em 2 doentes do Grupo II. As diferenças observadas entre os Grupos sugerem que o quadro clínico, a evolução e os achados necroscópicos da meningite criptocócica são modificados de acordo com o tipo de imunodeficiência do paciente.
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