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Introdução/Objetivo: As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) seguem sendo um problema de saúde pública, associado a desfechos negativos aos pacientes acometidos. O aumento no tempo de internação, na mortalidade e o impacto financeiro são consequências relacionadas às IRAS. A higienização das mãos, considerada a primeira barreira contra essas infecções, precisa ter uma maior atenção dos profissionais de saúde, pois as dificuldades encontradas para a implementação desta prática são inúmeras, como resistência por parte dos profissionais, falta de dispensadores de álcool, número adequado de lavatórios, entre outros. Este trabalho objetiva identificar a adesão a prática de higienização das mãos pelos profissionais de saúde que trabalham em unidades de terapia intensiva de um hospital universitário em Pernambuco no ano de 2021. Metodologia: Estudo transversal, retrospectivo e quantitativo. Os dados foram originados das fichas de monitoramento de higienização das mãos da Comissão de Controle de Infecção Relacionadas à Assistência à Saúde (CCIRAS) da instituição, referentes aos meses de janeiro à dezembro de 2021. Os momentos de higienização das mãos analisados foram: antes do contato com um paciente; antes da realização de procedimentos assépticos; após o contato com um paciente; após o risco de exposição a fluidos corporais; e após o contato com áreas próximas ao paciente. Resultados: Foi possível observar 1.092 oportunidades de higienização das mãos durante o ano de 2021. A taxa de adesão ao protocolo foi de 74%, tendo uma variação entre 60% e 86% entre as taxas mensais. Com relação aos 5 momentos, o “após o contato com o paciente” foi o que obteve o maior percentual de adesão, sendo de 82%. O menor foi o momento “Antes do contanto com o paciente” com 55%. Isso pode demonstrar a preocupação do profissional em si proteger, realizando a higienização das mãos. Em contrapartida, o paciente, foco da assistência à saúde, possivelmente foi mais exposto ao risco, tendo em vista um percentual muito menor de adesão. Esses resultados são semelhantes aos estudos nacionais e internacionais, tendo importante foco de atenção da Organização Mundial de Saúde, principalmente após a pandemia da COVID-19. Conclusão: Faz-se necessário a intensificação de treinamentos e campanhas sobre a importância da prática de higienização entre profissionais, pacientes e familiares, com o objetivo de assegurar ainda mais a assistência e promover a qualidade do serviço prestado. |