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Este artigo é fruto de estudos do projeto de extensão O Terreiro Lá de Casa. O artigo pretende discutir o papel da cultura na promoção de vida dos homens, a partir de diversos autores que sustentam diferentes significados para terreiros, festas e comunidades como expressões da cultura ao longo da história. O terreiro, ou o espaço depois da edificação da casa, era considerado por várias culturas, um lugar íntimo, situado no espaço privado, era o espaço público familiar. Era neste terreiro onde as pessoas podiam chorar e cantar de alegria e tristeza, rezar enfrentando deus e o diabo e, também, confabular, brincar e festejar. A Festa significando desde seu valor de “alimentar na fonte primordial” até o sentido atual - no mundo ocidental - o qual herdamos por força da colonização. "De terreiros, de festas e de comunidades" como espaços produtivos por excelência, em que se desenvolvem ações, de diferentes formas e intenções, que possibilitam comunicar-se, relacionar-se, compartilhar a memória e a cultura, criar novas conexões, música e literatura, trabalhar com o imaterial utilizando o que nos é mais comum: a linguagem, a inteligência, a imaginação, criando meios para uma inventividade, disparando a criatividade. O artigo defende o reconhecimento do que venha a ser os bens culturais presentes nas comunidades em que as pessoas estão inseridas. Discute a sua importância para resistir ao rompimento do idiorritmo e da lentidão imposto pela rapidez dominante no mundo atual, mas tão necessários ao convívio e crescimento humano. |