Influência das características familiares no tempo de ecrã em crianças até aos 18 meses de idade

Autor: Cátia Palha, Bruna Tavares, Daniela Lopes Morgado, Débora Fonseca, Juliana Castro, Pedro Sousa Castro
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2019
Předmět:
Zdroj: Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Vol 35, Iss 6 (2019)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2182-5181
DOI: 10.32385/rpmgf.v35i6.12541
Popis: Objetivo Descrever as caraterísticas familiares associadas à exposição a tempo de ecrã (TE) nas crianças com idades entre 0 e 18 meses. Tipo de estudo Estudo observacional transversal analítico. Local USF Além D’Ouro, USF Camélias, USF Novos Rumos, USF Terras de Santa Maria, USF Vale do Vouga e UCSP de Crestuma. População Crianças com idade entre 0 e 18 meses, inscritas nas unidades referidas. Métodos Foi desenvolvido pelos autores um questionário sobre o TE das crianças e uma breve caraterização da família, de resposta voluntária e confidencial. O tratamento estatístico dos dados foi realizado através do programa Statistical Package for the Social Sciences - SPSS®. Considerou-se existir significância estatística para valores de p< 0,05. Resultados Foram devolvidos 142 questionários preenchidos (taxa de resposta de 42,5%) e incluídos 137. A mediana de idades foi 12 meses e 50,4% eram do género masculino. A média de idades do pai foi 34 anos e da mãe 33. Cerca de 83% das crianças pertencia a famílias nucleares e 31,4% ficava ao cuidado dos avós ou no infantário. Das 137 crianças analisadas, 81% teve exposição e, destas, mais de metade teve o primeiro contacto até aos 6 meses de vida. Não se verificou diferença na duração de TE à semana e ao fim-de-semana (71,2% e 73% das crianças com exposição, respetivamente). Verificou-se uma correlação estatisticamente significativa entre o TE e as variáveis “idade da criança” e “idade da mãe”, sendo que crianças de mães com idade igual ou superior a 39 anos foram expostas a TE mais tardiamente. Conclusão Este estudo demonstrou hábitos de TE inadequados face às recomendações atuais para a idade, resultados concordantes com estudos nacionais e internacionais. A elaboração de estratégias de intervenção generalizadas, nomeadamente a capacitação dos cuidadores acerca do TE adequado à idade da criança, deve ser incentivada.
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