Simbolismos étnicos afirmados através do matriarcado de mulheres negras de terreiros

Autor: Marise de Santana, Viviane Sales Oliveira
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2024
Předmět:
Zdroj: Revista Odeere, Vol 9, Iss 2 (2024)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2525-4715
DOI: 10.22481/odeere.v9i2.15184
Popis: Neste artigo, embora estejamos focadas na etnicidade como forma de organização social de mulheres negras, lideranças de terreiro, que estamos chamando de Matriarcas, nosso propósito é pensar sobre como a tradição é mantida pelos simbolismos étnicos. Entendemos simbolismos étnicos, como saberes e fazeres materiais e imateriais, ensinados/aprendidos através de narrativas míticas geradoras de símbolos tradicionais e que para nós, como estudiosas dos legados africanos, nos interessa pensar sobre os conhecimentos das tradições afro-brasileiras, em especial, das mulheres que exercem o Matriarcado em muitos terreiros. Estamos falando em Matriarcado, correndo todos os possíveis riscos que esse debate traz. Estamos tomando Matriarcado para falar de mulheres, que nos aponta narrativas negras referenciadas em seus saberes, mitos e símbolos transmitidos por meio de cantigas, danças, rezas. Portanto, as Matriarcas, no movimento feito da “porteira para dentro”, mantêm as tradições refletidas nos saberes dos simbolismos étnicos ancestrais a respeito do feminino. Da “porteira para fora”, como liderança religiosa, social e cultural, lutam contra as discriminações sexistas e raciais. Neste sentido, falar sobre o conhecimento da etnicidade que a Matriarca possui, a coloca no lugar de quem tem o conhecimento mais profundo da magia e do encantamento mobilizados pelo grupo étnico ao qual pertence.
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