O Governo dos Sentimentos Morais no Século XVIII

Autor: Daniel Pereira Andrade
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />French<br />Portuguese
Rok vydání: 2016
Předmět:
Zdroj: Dados: Revista de Ciências Sociais, Vol 59, Iss 1, Pp 233-270 (2016)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1678-4588
00115258
DOI: 10.1590/00115258201676
Popis: RESUMO O presente artigo realiza uma história da noção de sentimentos morais na governamentalidade britânica do século XVIII e de sua estratégia de poder “emocional”, a qual difere de outras concepções gerais de vida “emocional”, como a de paixões do século XVII. Partindo do construcionismo social das emoções, busca-se compreender como os discursos e as técnicas de poder moldam a maneira de sentir. Com este fim, são explicadas suas fontes causadoras (senso moral, simpatia e sociedade), como se relacionam com as demais faculdades da mente (julgamentos morais, razão, imaginação e memória), com o corpo (sensorial de dor e prazer) e como determinam as condutas. Após este percurso, argumenta-se que o discurso dos sentimentos morais constituiu um poder emocional caracterizado por determinados objetos (julgamentos morais), técnicas (simpatia, arte de agradar feminina e mitologização da comunidade nacional), finalidades (desenvolvimento da personalidade atrelado à integração grupal) e regras emocionais (prescrição do amor benevolente e moderação do amor de si) e expressivas (manifestações de solidariedade).
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