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Este texto parte da necessidade de se pensar um queer radical, que não apenas desconstrua dispositivos de poder, mas também os processos coloniais, os racismos e os enquadramentos. Assim, apresentamos o queer como um contraponto a gramática moral normativa, como forma de se deslocar dos lugares de enunciação estáveis e “enquadrados”. Nesse sentido, indicamos nossa noção de “enquadramento” e como diversos autores vem trabalhando questões referentes ao aparato colonial desde o queer – e vice-versa. Trazemos ainda uma discussão sobre axialidades, a partir das críticas two-spirit para, finalmente, construir algumas considerações sobre as possibilidades de se pensar um queer desde suas axialidades. |