A bioética de Francisco: elementos para a construção de uma bioética global cristã

Autor: Anor Sganzerla, Leocir Pessini, Diego Carlos Zanella
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />French<br />Italian<br />Portuguese
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Horizonte, Vol 18, Iss 56 (2020)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2175-5841
DOI: 10.5752/P.2175-5841.2020v18n56p675
Popis: Nos primeiros anos de seu pontificado, Papa Francisco fez pouco uso da palavra ‘bioética’. Quando fez menção à palavra, empregou-a no sentido formal, para tratar de alguma comissão, e não para manifestar uma posição. Mas, a partir de 2018, Francisco assumiu uma posição bem definida em relação à bioética, afirmando que os nossos tempos precisam ampliar a visão tradicional da bioética para uma visão de bioética global, pois não é mais possível pensar a saúde, o bem-estar e a realização humanas de forma independente da saúde da totalidade da vida da biosfera. Essa bioética global, afirma Francisco, tem as suas bases na Laudato Si. Se o posicionamento escrito de Francisco sobre a bioética não ocorreu de forma imediata ao iniciar seu pontificado, a opção do pontífice de “começar” seu pontificado em Lampedusa, acolhendo migrantes e refugiados, deixou evidente qual seria o compromisso de sua Igreja. As duras palavras proferidas em Lampedusa, de que nos tornamos insensíveis aos gritos dos outros e que globalizamos a indiferença, tornando-nos incapazes de chorar pelo outro, deram o tom da sua missão. Nesse sentido, este artigo pretende investigar o pensamento bioético defendido pelo Papa Francisco a partir de documentos, encíclicas, homílias e cartas por ele escritas.
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