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RESUMO Os governos Lula e Dilma constituem um ponto de clivagem entre os intelectuais de esquerda do país. Mas o que o lulismo representou para a história brasileira? Um retrocesso político e a negação da história do Partido dos Trabalhadores, que o viabilizou, ou um modo importante, ainda que limitado em comparação ao programa petista original, de inclusão social e promoção da cidadania? Este artigo recorre a algumas hipóteses do pensamento político brasileiro a fim de lançar luz sobre o debate que envolve autores como André Singer, Emir Sader, Francisco de Oliveira, Luiz Werneck Vianna e Marcos Nobre. Nossa tese é que o debate sobre o lulismo guarda, como “formas de pensar”, profundas semelhanças com a antiga controvérsia entre “autoritários instrumentais” e “liberais doutrinários”, do final do século XIX e início do século XX, justamente porque ainda há forças regressivas que resistem à constitucionalização e à democratização do país. |