PREVALÊNCIA DAS MICOBACTÉRIAS NÃO TUBERCULOSAS IDENTIFICADAS EM 13 ANOS DE ACOMPANHAMENTO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Autor: Francielly Marques Gastaldi, Franciny Marques Gastaldi, Lucimar Cardoso Morais, Cristiane Fernandes, Kamila Rosa Martins, Sonia Aparecida Nunes de Holanda, Luciana Magalhães Mesquita
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Infectious Diseases, Vol 27, Iss , Pp 103652- (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1413-8670
DOI: 10.1016/j.bjid.2023.103652
Popis: Introdução: As micobactérias não tuberculosas estão distribuídas no ambiente, e apresentam patogenia variável. Gradualmente, ganham importância clínica, sobretudo relacionadas a quadros pulmonares graves, em pacientes com HIV ou outras imunodeficiências. Métodos: realizado levantamento dos dados fornecidos pelas fichas de encaminhamento de amostras de micobactérias, pelo Núcleo de Epidemiologia do Hospital de Clínicas de Uberlândia, entre 2010 e 2023, e os resultados fornecidos pela Fundação Ezequiel Dias (Laboratório Central de Saúde Pública – LACEN) durante esse período. Resultados: Foram enviadas 29 amostras para identificação de espécies de micobactérias, correspondentes a 11 pacientes do sexo feminino, e 18 do sexo masculino. As idades variaram entre 26 e 79 anos, com mediana de 57 e média de 51,3 anos. Dezesseis apresentavam diagnóstico de HIV e três, de neoplasia. Houve a identificação de 9 espécies: M. avium (12 casos); M. kansasii (4); M. fortuitum (3); M. peregrinum (2); M. intracellulare (2); M. gordonae (2); M. simiae (1); e M. chelonae (1). Quinze casos corresponderam a materiais de vias aéreas. Todos os pacientes apresentavam sintomas e estavam em acompanhamento na instituição. Seis amostras dos M. avium foram submetidas a teste de sensibilidade demonstrando, em dois casos, sensibilidade ampla. Em 3 amostras, demonstrou-se apenas sensibilidade à Amicacina e claritromicina, com resistência ampliada às outras opções conhecidas. Em uma amostra houve resistência a todas as opções terapêuticas, sendo apenas intermediária à claritromicina. As duas cepas de M. peregrinum e M. intracellulare também foram submetidas à teste de sensibilidade, com perfis de resistência preocupantes. No caso da primeira espécie, tivemos uma sensível apenas à Moxifloxacino e intermediário à Amicacina, Ciprofloxacino e linezolida; e outra sensível à Amicacina, linezolida e Moxifloxacino. Já na segunda espécie, uma amostra apresentou sensibilidade apenas à Amicacina (sendo intermediário à linezolida); e na outra amostra, somente sensibilidade à Amicacina e claritromicina. Conclusão: A presença de cepas de micobactérias não tuberculosas com resistência significativa representa grande preocupação, considerando as patologias que os pacientes geralmente apresentam, ao desenvolver doenças por esses patógenos. É necessário novos protocolos para o manejo correto de tais infecções e o acompanhamento rigoroso desses pacientes.
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