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RESUMO O senso comum é um conceito polissêmico, muito citado nas pesquisas educacionais, mas pouco problematizado em relação aos seus desdobramentos na produção de conhecimento científico. A escolha desta definição pode revelar também como se entende a produção do conhecimento. No presente artigo, foi realizado um mapeamento das pesquisas educacionais produzidas sobre o tema do senso comum, em que uma parte das discussões sobre o senso comum é selecionada, reunindo autores que são identificados como pertencentes de uma mesma matriz de entendimento, ou seja, pensadores que opõem ciência e senso comum. Bourdieu, Nunes, Paty e Bachelard, juntamente com outros pensadores fundamentais sobre o tema, são recuperados e analisados teoricamente. Proponho a análise desta categoria por meio de uma hermenêutica sociológica proposta por Boaventura de Sousa Santos, objetivando analisar as consequências sociais para a manutenção dessa postura para a ciência atual. Utilizando a metodologia de revisão bibliográfica, pela perspectiva analítica da árvore conceitual, será possível responder a seguinte problemática: quais os desdobramentos epistemológicos na produção de conhecimento quando as pesquisas optam pela adoção de referências que trabalham com o senso comum como conhecimento oposto ao pensamento científico? As principais conclusões da pesquisa analítica são que o afastamento do conhecimento científico produzido pela sociedade e um conjunto de dificuldades que as ciências sociais possuem ao realizar essa ruptura estariam perfeitamente representadas nas posturas de oposição que esses teóricos mantêm vivas em suas discussões. |