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As grandes obras promovem transformações espaciais e, em geral, encontram-se vinculadas aos interesses do capital e do rentismo fundiário. Esse processo, fomentado pelo Estado, traz também a intensificação das desigualdades espaciais, a exemplo da concentração fundiária e dos conflitos pela terra. É essa realidade que o artigo aborda, destacando sua relação com a construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL). Para tanto, ancoramo-nos na coleta e análise de dados da estrutura fundiária fornecidos pelo IBGE/INCRA/Censos Agropecuários e dos conflitos no campo – por meio dos Cadernos Conflitos no Campo, da Comissão Pastoral da Terra. Esta análise, no movimento com a teoria, permitiu apontar tanto o aumento da concentração fundiária, quanto de conflitos no campo em municípios baianos cortados pela FIOL. |