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Em se tratando de tentar ouvir a voz da criança do passado, a que tipos de testemunhos infantis têm recorrido os historiadores e historiadoras da educação brasileira? Oferecer alguns apontamentos em torno dessa questão é o objetivo deste artigo. O recorte cronológico adotado transita entre os séculos 20 e 19. Em termos metodológicos, visita três campos historiográficos, entre os quais há intersecção e cruzamento de interesses em torno da criança no passado: o da historiografia da infância, o da historiografia da cultura sobre o Brasil e o da historiografia da educação propriamente dita. As conclusões apontam que, a depender do período estudado, variam as fontes disponíveis. Para o século 20 têm sido utilizadas, recentemente, escritas infantis, documentos produzidos pela própria criança (cadernos escolares ou correspondências). Já para o século 19, os egodocumentos são as fontes que, mesmo indiretas, permitem acessar as experiências da criança brasileira daquela época. |