A política e a poética do coletivo frente três de fevereiro
Autor: | Pedro Caetano Eboli Nogueira |
---|---|
Jazyk: | English<br />Portuguese |
Rok vydání: | 2021 |
Předmět: | |
Zdroj: | Pós: Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP, Vol 28, Iss 52 (2021) |
Druh dokumentu: | article |
ISSN: | 1518-9554 2317-2762 |
Popis: | O presente artigo analisa as ações anti-racismo “Monumento Horizontal” (2004), intervenção urbana realizada na cidade de São Paulo, e “Bandeiras” (2005), série de bandeiras abertas em diversas partidas de futebol. Ambas foram realizadas pelo coletivo Frente Três de Fevereiro, grupo paulistano de arte e ativismo surgido com o intuito de combater o racismo estrutural. Partindo de entrevistas realizadas com o grupo, procuramos compreender o “caráter poético” atribuído ao ativismo do coletivo, sublinhando de que modo ele emerge a contrapelo de concepções políticas baseadas na comunicação. Para tal, mobilizamos os subsídios teóricos de Jacques Rancière, amparados por autores como Jean-Luc Nancy, Silvio Almeida e Judith Butler. Assim, tomamos a “poética” como via de acesso para compreender, no âmbito das estratégias políticas do coletivo, o entrelaçamento entre a noção de dissenso e a ideia de acontecimento, tal como pensada por Jacques Rancière e Michel Foucault. Por fim, justapomos as expectativas de eficácia política, subjacentes às ações do coletivo, àquilo que Jacques Rancière chamou de “modelos de eficácia da arte” em seu regime estético. |
Databáze: | Directory of Open Access Journals |
Externí odkaz: |