Fibrilhação auricular e prevenção do tromboembolismo

Autor: Paulo Ascensão
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2006
Předmět:
Zdroj: Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Vol 22, Iss 1 (2006)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2182-5181
DOI: 10.32385/rpmgf.v22i1.10205
Popis: Introdução: Realizado no âmbito da Rede Médicos-Sentinela, este estudo pretendeu estimar a prevalência de Fibrilhação Auricular conhecida, caracterizar regimes terapêuticos usados (anti-arrítmico e anti-trombótico) e, seguindo algumas recomendações internacionais, estratificar o risco trombo-embólico e apreciar opções terapêuticas. Métodos: Estudo descritivo transversal que decorreu de Junho a Novembro de 2003. Os 43 médicos participantes identificaram nos utentes das suas listas (n=67.654) os casos de portadores de Fibrilhação Auricular (FA) diagnosticada antes da data de início do estudo e aplicaram a esses casos um questionário com as seguintes variáveis: sexo, idade, características da FA (presente ou passada), tentativa de cardioversão anterior, patologias concomitantes, terapêuticas anti-arrítmica, anti-agregante plaquetária e hipo-coagulante utilizadas. Resultados: Identificaram-se 359 casos, ocorrendo todos em maiores de 34 anos (prevalência de 0,94% nesses grupos etários), 302 casos com FA presente (84,1%) e 52 (14,5%) com FA passada (paroxística ou convertida a ritmo sinusal). As terapêuticas antiarrítmicas mais frequentes foram: digoxina isoladamente (78 casos - 25,8%); amiodarona isoladamente (75 casos - 24,8%); em 123 casos (40,8%) não estava prescrita nenhuma. Dos doentes sem FA presente na data do estudo, 30 (57,8%) não tinham qualquer antiarrítmico prescrito. Aos outros 22, o mais prescrito foi a amiodarona (15 casos - 28,9%). Discussão: Apesar de parecer que os anti-arrítmicos mais utilizados nos casos de FA presente não coincidiram com as recomendações seguidas, não foi possível saber se, para tal, houve alguma fundamentação clínica. Identificaram-se 116 doentes (32,3%) de baixo risco trombo-embólico, e 243 (67,7%) de risco tromboembólico moderado/elevado. Verificou-se que 66 (56,9%) doentes de baixo risco faziam anti-agregação plaquetária mas desses, 35 (30,2%) associavam-na a anti-coagulação. Em 27 (23,3%) usavam ácido acetilsalicílico, conforme recomendado. Faziam anti-coagulação oral 113 (46,5%) doentes de risco moderado-elevado e, dos que a não faziam, 31 (24,2%) apresentavam contra-indicações conhecidas.entavam contra-indicações conhecidas.
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