SOLIDARIEDADE, MATURIDADE E AMBIVALÊNCIA EM AVÓS E MÃES DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA: POTENCIALIDADES E RECURSOS NAS TROCAS INTERGERACIONAIS1

Autor: Claudia Maria Simões MARTINEZ, Susana COIMBRA, Anne Marie Germaine Victorine FONTAINE, Mirela de Oliveira FIGUEIREDO, Mariana Gurian MANZINI, Carolina REBELLATO, Caroline Fernanda Bella PERUZZO
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Educação Especial, Vol 28 (2021)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1980-5470
DOI: 10.1590/1980-54702022v28e0093
Popis: RESUMO: A literatura consagrou a importância de suporte e de atitudes solidárias na vida de pessoas que enfrentam adversidades. Nesse sentido, este estudo objetivou identificar e discutir o fenômeno da solidariedade intergeracional entre mães e avós de crianças com deficiência em uma amostra brasileira. Trata-se de um estudo descritivo, de caráter quantitativo. Os dados foram coletados com 76 participantes: díades de avós e mães de crianças com deficiência que apresentam dependência de adultos no cotidiano. Instrumentos de autorrelato foram administrados individualmente para apreender dimensões da relação intergeracional, de ambivalência e maturidade das mães e das avós. Os resultados indicam que a ambivalência intergeracional é a dimensão com valores mais baixos nas mães, mas uma das dimensões com valores mais elevados nas avós, juntamente à maturidade parental. Algumas implicações podem ser retiradas para a necessidade de levar em consideração a riqueza e a complexidade existente na reciprocidade das relações intergeracionais no geral e, em particular, entre cuidadoras de crianças com elevado nível de dependência. As intervenções, que visem colaborar para a coesão e bem-estar dessas famílias, devem considerar o papel desempenhado não só pela mãe e pelo pai, como cuidadores principais, mas também pelos avós, atendendo tanto ao apoio que prestam como às suas próprias necessidades de apoio, de informação e de autonomia. Estudos futuros podem tentar esclarecer, do ponto de vista qualitativo e quantitativo, essas relações diádicas, assim como introduzir outros indicadores de risco e de ajustamento adicionais, como outras pessoas que podem ser fontes de apoio, sejam ou não membros da família biológica.
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