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A propósito do dia mundial da Saúde Mental, o autor chama a atenção para a atitude de negligencia da maioria dos responsáveis pela saúde, incluindo a própria população, a que têm submetido a Saúde Mental quando comparada com a Saúde Física. A generalidade dos sistemas de saúde secundariza os serviços de doença mental em comparação com os de doença física. Se a doença mental tem tratamento desigual face à doença física, então, na promoção da saúde mental e prevenção da doença psíquica, esse hiato é muito mais pronunciado. Dentro destas áreas, já por si desfavorecidas, a área da saúde da gravidez e infância é das mais abandonadas por todos os sistemas de saúde e pela sociedade, em geral, conforme o demonstram os estudos realizados no âmbito de organizações internacionais como a OMS. Neste contexto, o autor tem por objectivo chamar a atenção para este facto e salientar a enorme responsabilidade dos Médicos de Família na promoção da saúde mental, enfatizar a necessidade de introduzir no curriculum do internato de Medicina Geral e Familiar conteúdos formativos nesta área que, ao momento, se limita à psicopatologia. |
