Farmácia clínica hospitalar: desafios para implantação em um município de médio porte do Sudoeste da Bahia

Autor: Brunna Santos Oliveira, Karla Dutra Costa, Mauro Fernandes Teles, Pablo Maciel Brasil Moreira
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia, Vol 4, Iss s.1 (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2525-7323
2525-5010
DOI: 10.22563/2525-7323.2019.v4.s1.p.67
Popis: Introdução: Durante muito tempo, a mecanização da indústria farmacêutica descaracterizou o papel do farmacêutico como o profissional de referência para a sociedade em questões direcionadas ao medicamento. Com a insatisfação da sua forma de atuação, o farmacêutico passou a se preocupar com a qualidade e segurança dos medicamentos produzidos, fazendo com que o farmacêutico hospitalar fosse primordial na prestação de informações características que os fármacos poderiam ter diante o perfil clínico do paciente, trazendo a estes a segurança e efetividade da farmacoterapia, mediante a identificação, resolução e prevenção dos problemas relacionados com a medicação. Objetivos: Identificar e descrever os desafios e contribuições da atuação clínica do profissional farmacêutico na equipe multidisciplinar no âmbito hospitalar de um município de médio porte do Sudoeste Baiano. Métodos: O estudo foi realizado na perspectiva descritiva com delineamento transversal, obtendo referenciais pontuados no princípio da pesquisa qualitativa. Foram abordados profissionais farmacêuticos atuantes da área hospitalar da cidade de Vitória da Conquista – Bahia, através de entrevistas semiestruturadas em um sistema online e da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Quatro hospitais eram privados, um Municipal e um Estadual. Resultados: Foram entrevistados 12 farmacêuticos, sendo 6 do sexo feminino e 6 do masculino. Dentre as dificuldades para implantação e desenvolvimento da farmácia clínica hospitalar, os principais motivos foram a falta de recursos humanos (28%), formação acadêmica insuficiente (22%), falta de integração da equipe clínica (17%) e sobrecarga de funções administrativas destes profissionais (33%). Ainda de acordo com a pesquisa, a contribuição do farmacêutico clínico no âmbito hospitalar reduz os custos do hospital (31%), apresenta uma melhor efetividade no acompanhamento farmacoterapêutico (37%), tem um melhor desempenho no trabalho da equipe multidisciplinar (16%), e um aumento na garantia da segurança do paciente (16%). Ademais, 18% dos entrevistados apresentam especialização em farmácia clínica, 18% em gestão hospitalar, 28% em farmácia hospitalar e 27% não possui especialização. Conclusão: Os desafios para a consolidação da farmácia clínica ainda são relevantes. A farmácia hospitalar não é mais uma simples divisão administrativa, com a função apenas de distribuição de medicamentos, mas como um serviço que tange o uso racional de medicamentos, objetivando a prática da assistência e atenção farmacêutica.
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