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Para os estudiosos das políticas culturais é um grande desafio pensar em como se elabora a política cultural de uma universidade e, especialmente, como se materializa e se torna efetiva em seu território. Quem define as linhas estratégicas e as diretrizes de ação culturais em uma universidade? O dirigente municipal, estadual ou federal da pasta de educação e/ou cultura do governo ou o diretor do equipamento cultural universitário, geralmente associado à extensão? Poderia ser, ainda, o pró-reitor de extensão e, em algumas instituições de ensino superior, o pró-reitor de cultura que assume esse papel? Acaso não seria o próprio reitor o verdadeiro gestor cultural, com capital político e simbólico suficiente para orientar o desenvolvimento cultural da universidade? Nesse sentido, questionamos ainda: qual o papel dos centros, faculdades e laboratórios? Dos professores, estudantes, funcionários técnicos e trabalhadores comunitários? E em relação ao restante da comunidade e grupos artísticos, que influência exercem nas ações (e omissões) da universidade no campo cultural? Buscamos neste artigo esboçar algumas respostas a essas questões, não apenas considerando a noção de cultura acionada (seja sociológica ou antropológica), mas também discutindo a própria definição de política cultural e, consequentemente, as teorias e metodologias utilizadas para delimitar o escopo e abrangência do objeto de pesquisa. No caso das universidades estaduais, buscamos compreender as particularidades da gestão pública da cultura universitária e os processos de elaboração de políticas culturais nessas instituições de ensino superior do Brasil. |