Triagem oftalmológica em 510 alunos de escolas públicas: desenvolvimento de um projeto social de grande abrangência

Autor: Gustavo Barreto Melo, Celso de Souza Dias Júnior, Mariana Reis Carvalho
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Oftalmologia, Vol 77, Iss 6, Pp 345-348
Druh dokumentu: article
ISSN: 1982-8551
0034-7280
DOI: 10.5935/0034-7280.20180075
Popis: Resumo Objetivo: Avaliar a prevalência de crianças com dificuldade visual em triagens realizadas em 3 escolas públicas de Aracaju-SE, estimar a distribuição dos erros refrativos e usar os dados para planejamento de uma ação social mais extensa em todas as escolas públicas da cidade. Métodos: Estudo transversal, com medida da acuidade visual (AV), na forma de triagem. Foram analisados idade, gênero, AV, frequência dos principais erros refrativos, médias de equivalente esférico e cilindro das crianças com AV pior ou igual a 0,7 em qualquer olho, diferença superior a 0,2 entre os olhos, sinais de doenças oculares ou se já fizessem uso de óculos. Resultados: Foram avaliadas 510 crianças nas 3 escolas. A idade média foi 9,1 ± 1,6 anos. Gênero masculino correspondeu a 50,4%. Das 154 crianças (30%) que necessitaram de consulta mais detalhada, 97 se dirigiram à consulta. Destas, 51 tiveram indicação de uso de óculos. Míopes corresponderam a 44,1% dos olhos, hipermetropia a 15,6% e astigmatismo a 82,3%. A idade média das crianças com indicação de uso de óculos foi 9,5 ± 1,7 anos. Considerando-se que há em torno de 15 mil crianças entre o 1º e o 3º anos do ensino fundamental matriculadas nas escolas públicas de Aracaju, pode-se estimar que aproximadamente 30% delas necessitarão de consulta oftalmológica, correspondendo a 4500 atendimentos (2000 a 2500 destas deverão precisar de óculos). Conclusão: Conclui-se que aproximadamente um terço das crianças em idade escolar neste estudo apresentou dificuldade visual durante a triagem. Após avaliação oftalmológica, foram prescritos óculos para pouco mais da metade. Astigmatismo foi o erro de refração mais prevalente. Os dados obtidos foram utilizados para o planejamento de importante ação social a ser desenvolvida pela Sociedade Sergipana de Oftalmologia.
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