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Este artigo tem por objetivo desenvolver algumas considerações sobre a ressemantização do conceito de quilombo em oposição a um conceito estático de cultura. O município de Pinheiro, Estado do Maranhão, e seus quilombos com suas características heterogênicas e etnogênicas constituem o impulso dessa reflexão. Ao discutir o panorama histórico de uma narrativa e semântica dominante, entretecemos os conceitos de Outro, Rosto, Desejo e Ética da Alteridade de Lévinas com a problemática da etnogênese e da cultura: primeiro, da compreensão de que cultura não é sinônimo de visão estática de mundo, e segundo, da prática de relação em desinteresse de Lévinas como primeira filosofia. Propomos, assim, uma reflexão interdisciplinar necessária para a compreensão do fenômeno da identidade observados em pesquisas de campo pelas comunidades quilombolas de Pinheiro. |