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O relato a seguir apresenta uma reflexão decorrente da pesquisa sobre a relação entre fotografia e saudade. Ao ouvir depoimentos de pessoas idosas, com base na metodologia da fotografia como disparadora do gatilho da memória, destacaram-se questões ligada à temática de gênero. Foi possível perceber como os álbuns de família são artefatos mnemônicos organizados, preservados e narrados pelas mulheres. Ao contrapor a função de guardiã da memória familiar com as atuais demandas da midiatização da fotografia amadora, percebe-se o movimento de reconfiguração do álbum, com a exposição dos registros domésticos nas redes sociais da internet, que destitui as mulheres velhas do papel socialmente estabelecido, configurando outra instância de silenciamento. |