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Depois de esboçar, preliminarmente, algumas hesitações a respeito da definição do semi-simbólico, propomos a exploração de certas intuições estimulantes provenientes dos textos de seus primeiros teóricos, mediante a utilização de materiais artísticos heterogêneos colhidos na obra do pintor e escultor Anselm Kiefer. Conscientes do uso heterodoxo que fazemos da noção de semi-simbólico, desejamos sugerir a releitura de algumas acepções, que parecem, num primeiro momento, fornecer precisões laterais ou simplesmente subsidiárias, mas que levam a repensar a função operacional dessa noção, até verificar se essas acepções encerram argumentos sólidos para sua evolução. Em particular, a concepção de uma espécie de motivação parcial, no próprio fundamento filosófico e semiótico da noção, leva a analisar e entender tanto o modo de criação e fruição do sentido quanto os efeitos de despistamento das significações que atuam na estética de Kiefer. |